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Como as mulheres se depilam – ou não! – e o que elas realmente pensam sobre o assunto

Brasileiras tiram pelos de cinco partes do corpo e utilizam três tipos de métodos diferentes para isso, revela estudo (Philips/Divulgação)

Não se engane. Está em suas mãos optar ou não por ela, o amor e o terror de muitas: a depilação! Liberdade, higiene, autoestima e conveniência são as palavras-chave relacionadas ao assunto entre as brasileiras. E nós entendemos muito bem disso, viu? Temos uma das maiores frequências de depilação do mundo – uma média de 8 vezes por mês, somando diferentes partes do corpo.

Dois fatores influenciam diretamente a popularidade da depilação no Brasil: a questão cultural e a geográfica. “De um lado, somos ensinadas desde cedo que o pelo feminino deve ser eliminado. De outro, as altas temperaturas demandam roupas mais leves, como regatas, vestidos, shorts e biquínis”, destaca Angélica Capelari, professora de Psicologia na Universidade Metodista de São Paulo.

Sentir-se livre para se depilar ou não depende de conhecer bem as suas opções. “Essa liberdade é muito recente. Hoje, é possível tomar decisões sobre o próprio corpo que antes seriam impensáveis, e assumir características individuais fora dos padrões de beleza. Fazer uma escolha consciente a partir disso é uma prática de empoderamento feminino”, observa Angélica.

O esclarecimento estético, tanto quanto o cultural, tem um papel importante no processo. “Ao ser informada sobre a durabilidade, preço e nível de desconforto, além de todas as possibilidades e vantagens de cada método, a mulher tem mais condições de escolher a opção ideal para ela. Inclusive a de não fazer a depilação”, ressalta a esteticista Fabiana Padovez, professora da Universidade Anhembi Morumbi.

“À brasileira”

Você provavelmente vai se reconhecer aqui. As brasileiras costumam se depilar pela primeira vez aos 16 anos, tiram pelos de cinco partes do corpo e utilizam três tipos de métodos diferentes. É o que indica um estudo recente realizado pelo instituto PiniOn, plataforma de pesquisa mobile e web, sob encomenda da Philips. O objetivo era entender os hábitos e rotinas da depilação feminina no país. Para debater os resultados, nossa reportagem conversou com mais dez mulheres.

De acordo com estudo, a área em que os pelinhos menos sobrevivem entre as brasileiras é a das axilas: 93% das mulheres pesquisadas depilam a região. (Renata Miwa/Abril Branded Content)

Segundo a pesquisa, as áreas com maior número de adeptas à depilação no país são axilas, virilha e meia perna. Exemplo disso é a comunicadora Ana Paula Pascoaletto, que utiliza técnicas variadas dependendo da região do corpo: “Depilação íntima faço com cera quente. Sobrancelha, com pinça. Buço, com cera. Já fiz fotodepilação na axila.”

Foi a praticidade da depilação a laser que conquistou a jornalista Daniella De Caprio, que agora se depila apenas duas vezes ao ano. “Sempre senti muita dor com a cera, mas não abro mão da depilação. Com o laser, o processo é mais rápido e o efeito dura meses. Sinto-me mais confortável em diversas situações, como ir à praia. É uma preocupação a menos na vida.”

Ainda de acordo com a pesquisa, para depilar as axilas, meia perna e virilha, mais da metade das brasileiras utilizam lâmina e um terço prefere a cera. No entanto, assim como Ana Paula e Daniella, elas afirmam que mudariam seus métodos de depilação atuais para a depilação elétrica, de luz pulsada ou a laser por conta dos resultados: são mais duradouros, promovem a redução permanente dos pelos, não deixam os pelos subcutâneos encravados e pelo nível de dor.

“Os métodos de depilação a laser e a luz pulsada teriam tudo para se tornar os favoritos das brasileiras, não fosse o preço elevado nos salões de estética. São as chamadas depilações prolongadas, com resultados mais duradouros do que os métodos tradicionais”, explica Fabiana. Mas ela sinaliza que existe uma alternativa interessante para as brasileiras: depilar-se na privacidade e no conforto do lar com aparelhos individuais domiciliares, que garantem resultado próximo ao dos salões e estão disponíveis com preço acessível no mercado.

A engenheira Mariana Macedo abandonou a cera há cinco anos. Desde então, só utiliza depilador elétrico em casa. O aparelho remove os pelos pela raiz, fazendo com que demorem mais para reaparecer. “É um investimento que vale a pena, pois o depilador funciona por muito tempo. O dinheiro que antes eu gastava no salão agora vai nas noitadas com as amigas”, brinca. O depilador elétrico, considerado um dos métodos mais higiênicos, requer um investimento inicial mais alto, que é compensado a longo prazo.

Gasto com os métodos de remoção de pelos, segundo resultado da pesquisa do PiniOn. (Renata Miwa/Abril Branded Content)

Depilação, pra quê te quero?

Outro achado do estudo é que as brasileiras também associam  depilação a dor, desconfortos e se irritam por “precisarem submeter-se” ao procedimento. Ao mesmo tempo, relacionam a depilação a sentir-se bem com o corpo. Para elas, essa é uma questão de higiene, segurança, conveniência, liberdade e autoestima. Ou seja, vale a pena.

“Algo curioso sobre este tema é que a mulher pode sofrer tanto por fazer depilação sem querer de fato fazê-lo, quanto por não fazer e ficar insatisfeita com o próprio corpo. O importante é buscar aquilo que a faça sentir-se bem consigo”, afirma Angélica, que é mestre em Psicologia Experimental.

A advogada Máira Cardoso é regrada em sua rotina de depilação: a cada 20 dias faz depilação com cera quente e, se não dá tempo, parte para a lâmina. “Assim que os pelos crescem, fico ansiosa e tiro todos. Faz parte da minha higiene de forma geral”, diz. Claudia Oliveira, gerente de suprimentos, concorda: “Detesto pelos e eliminá-los é maravilhoso. Adoro a sensação de limpeza.”

Essas foram as palavras mais relacionadas à depilação pelas brasileiras que participaram do estudo (Renata Miwa/Abril Branded Content)

Hoje, a produtora de eventos Giovanna Patriarcha se sente mais confortável com isso. “Já não sou mais tão exigente. Ninguém está realmente reparando se minha panturrilha tem alguns pelinhos enquanto estou na fila do mercado ou no metrô! Já passei muito calor por não usar regatas e shorts por vergonha dos pelos. Sinto-me muito melhor depilada, mas se não estou, tudo bem também”, conta.

Entre nossas entrevistadas, todas concordaram que liberdade na depilação significa fazer o que dá prazer, conforto e escolher os melhores métodos para si. “Significa não ser julgada por fazer ou não fazer depilação. Tampouco transformar isso em um estigma de desleixo”, conclui a bibliotecária Aline Petelin.

Em geral, as brasileiras não dispensam a depilação e se sentem muito mais confiantes com ela em dia, resume o estudo. Mas a pesquisa também mostra que existem diversos métodos que ainda não foram explorados pela maioria, e que atendem às diferentes necessidades pessoais e aos diferentes estilos de vida. Experimentá-los pode ajudar cada mulher a reinventar sua rotina, ganhar tempo e, principalmente, a redescobrir sua liberdade.

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